Como posso ajudar meu vizinho?

Como posso ajudar meu vizinho?

Tenho falado aqui que o condomínio é a primeira comunidade depois da família. Como comunidade e como sociedade, estamos todos integrados, e quando algo de grave acontece num condomínio, as marcas podem ser sentidas por todos

Os casos de suicídios em condomínios são frequentes. Acredito que pela facilidade de um método eficaz para se tirar a própria vida, que não requer instrumentos, como arma de fogo, veneno ou corda, os prédios têm se tornado campeões dessa triste realidade.

Num impulso, e já não há mais o que se fazer. Não tenho capacidade para comentar o estrago que isso causa nas vidas dos familiares e amigos, mas o que sei é que o condomínio ficará para sempre com essa marca. A marca de que um de seus membros teve tanta dor que chegou a esse extremo.

São pessoas vivendo tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes. Não há como saber se o vizinho está passando algum drama, ou depressão que o leve a ato de tamanho desespero.

Não vou aqui levantar responsabilidades, o papel do síndico, da família ou do condomínio. Nem tampouco fazer juízo de valor sobre quem é acometido por esse grave infortúnio. Não posso também levantar as causas, que acredito serem das mais diversas e variadas. O que pretendo aqui é levantar uma pequena reflexão sobre como vivemos, reclusos em nossos mundos particulares. Distantes a ponto de não perceber que nosso vizinho de porta corre o risco de resvalar para uma atitude extrema.

Há sem dúvida o direito à privacidade, mesmo em época de redes sociais, em que aparentemente todos acabam expondo suas vidas, a realidade nua e crua nem sempre está publicada lá. Mas atitudes como um “bom dia”, um ”boa noite” e principalmente um sorriso dão abertura para o inicio de um diálogo, uma conversa. Uma conversa que pode salvar uma vida.

Quando eu era criança não morava em condomínio, mas conhecia todas as famílias da rua. Todas as crianças frequentavam a mesma escola e depois da aula brincávamos na rua todos juntos. Quando algum vizinho estava doente os demais iam visitar, havia troca de receitas de chás e remédios caseiros para grande número de enfermidades.

O mundo mudou, isso é certo, mas não vejo o porquê de não podermos continuar nos preocupando uns com os outros.

Convido todos a fazer a experiência de puxar assunto no elevador, preparar um bolo e levar para seu vizinho, ou oferecer carona, caso sigam para o mesmo lado. O resgate de gentilizas é o primeiro passo para nos lembrarmos de que somos todos humanos, e feitos do mesmo material. Gentilezas aproximam as pessoas e pessoas próximas se ajudam, e ajuda é capaz de salvar uma vida. Pense nisso!

Martinha Silva é graduada em Administração, especialista em Gestão de Pessoas, gestora condominial em Itajaí e escritora.

 

Artigo originalmente publicado em 19/09/2019

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