Por falta de tempo e segurança, paulistanos aderem às feiras livres nos condomínios

Por falta de tempo e segurança, paulistanos aderem às feiras livres nos condomínios

 

Nos locais, hortifrútis selecionados são vendidos de acordo com os preços de mercado, mas com a comodidade de comprar no quintal de casa.

As ofertas são as mesmas: frutas, legumes e verduras fresquinhos, além do tradicional pastel, que não pode faltar numa feira. ‘Carne, queijo, frango com catupiry, camarão, atum, especial. E tem doce, também: banana, chocolate. Caldo de cana e pastel, se não tiver na feira, não tem graça.

Os frequentadores também são os mesmos: pessoas que querem encher a fruteira e a geladeira de casa com produtos saudáveis. ‘Alguns legumes e também frutas’. ‘Frutas legumes e verduras. É isso que eu compro sempre, toda sexta-feira’, diz um dos frequentadores.

Mas, em muitos casos, as ruas deixaram de ser o local que recebe as feiras. Na capital paulista, as feiras em condomínios viraram moda. Diante de uma vida agitada e trânsito caótico, comerciantes tiveram a ideia de levar comodidade aos condomínios e ainda eliminaram a questão da falta de segurança.

Os produtos são comercializados de acordo com os preços dos supermercados e os moradores podem fazer pedidos específicos pelo WhatsApp. Depois disso é só aguardar a feira que, na maioria das vezes, acontece à noite, depois de um dia de trabalho.

No condomínio Parque Brasil, que fica no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, os moradores aproveitam as noites de sexta-feira para encher as sacolas e encontrar os vizinhos. ‘Eles ainda moram. A gente mudou, mas a gente continua vindo. É um hábito, toda sexta-feira’.

Lá os feirantes aderiram à ideia, numa comercialização que foi vantajosa para ambos os lados: ‘Sempre dá para fazer desconto aqui. A freguesa aqui é estrela maior, nós somos apenas coadjuvante’. ‘Eu vou usar tudo isso depois, todos esses argumentos serão usados contra você’, brinca a cliente.

Em Tamboré, uma área nobre da Grande São Paulo, as feiras acontecem dentro de um ônibus que vai até os condomínios. O projeto foi idealizado pelo engenheiro de sistema Rafael Rosa, que adaptou a estrutura do veículo. A fotógrafa Andreia Fraga aderiu à ideia: ‘Eu não comprava melancia porque para armazenar era horrível. Aí você cria esse vínculo com ele, ele já corta do jeito que você gosta, o mais docinho. A facilidade foi enorme.’

Em outro condomínio da capital paulista, a famosa ‘xepa’ não existe. No Olímpic, os produtos são selecionados com rigor e as frutas, os legumes e as verduras são expostos em cestas de vime. Filipe Manfrinato, um dos idealizadores do projeto, diz que ele e os amigos vendem um ‘conceito’:

‘A gente que dar o melhor para o nosso cliente. A gente pensa no conceito, no detalhe, para que as pessoas possam ter uma qualidade de vida melhor, mais tempo com a família’.

As feiras em condomínios não são exclusividades da capital Paulista. A cerca de 20 quilômetros da região central de Brasília, moradores do condomínio RK aderiram à iniciativa há quase seis anos. Mais de oito mil pessoas vivem no condomínio horizontal. Uma vez por semana, os produtos orgânicos são comercializados, além de artesanatos produzidos pelos próprios moradores.

Agora o espaço é de confraternização e o síndico, Francisco Avelino, já pensa em aperfeiçoar a feira: ‘Já tem uma sugestão de colocarmos uma música ambiente, para ficar um ambiente ainda mais gostoso, mais prazeroso para os condôminos. E nós estamos pensando em aproveitar pessoas da própria comunidade, que tocam instrumentos, para criar esse ambiente de confraternização’.

O condomínio cobra dos feirantes 15 reais por mês para ajudar na manutenção da área. As taxas, no entanto, não são consenso. De acordo com o especialista em condomínios e comentarista da CBN, Márcio Rachkorsky, os síndicos devem avaliar, junto com os moradores, a necessidade da cobrança. A adesão às feiras dentro dos condomínios, tanto verticais como horizontais, também deve ser passar por votações em assembleias, mas a decisão de uma maioria simples já é suficiente. O que não dá para abrir mão, no entanto, é de um contrato para a prestação do serviço.

‘Assinar um contrato por prazo determinado e com possibilidade do condomínio rescindir o contrato a qualquer tempo sem pagamento de multa. Isso dá para o condomínio a tranquilidade de só ficar com aquele fornecedor se estiver feliz’.

Os síndicos também devem procurar saber os prestadores de serviço estão com a documentação em dia. Depois disso, é só usufruir dos produtos fresquinhos oferecidos no quintal de casa.

Matéria originalmente publicada em CBN

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